terça-feira, 1 de abril de 2008

A moça do vestido de flor

Despediu-se de suas amigas e se pôs novamente em marcha pela vereda. Seu sorriso largo e alvo moldava-lhe o olhar doce e pungente, enquanto a boca versava carinhosas palavras de despedida. Os longos cabelos amadeirados voavam em cachos ao sabor do vento, o mesmo vento que fazia flamular seu vestido de algodão azul cravejado de pequenas flores rosas. O quebrar de seu quadril dava à cena o movimento preciso à cadência dos seus passos. Mulher, pele macia e morena, traçava um caminho etéreo com a música que desprendia de seus poros. Mão à bolsa e o som do celular: Nokia Tune.

O encanto fora quebrado com a péssima escolha do toque musical.

3 comentários:

Anônimo disse...

A vida é assim mesmo, cheia de ídolos com pés de barro :P

Gustavo disse...

genial. Só posso dizer isso.

Pedro Favaro disse...

auhauhauhauahauhauha

Se tivesse enfiado o dedo no nariz a cena ficaria menos dolorida. Nokia Tune não, por favor.

Gostei e voltarei.