"Tudo que pensa passa. Permanece
a alvenaria do mundo, o que pesa."
P. Britto
Se me perguntarem sobre a morte, direi que não estou preparado para sua chegada. Arrisco dizer que nunca estarei pronto para tal evento, por mais certo e irremediável que seja. Quando fechar meus olhos, o que será depois? O eterno sono? Uma continuação em outro plano da vida aqui vivida? Nessas horas pode até ser reconfortante imaginar a existência de um ser superior, criador e mantenedor da vida; mas de que me adianta se com suas vastas mãos não afasta de mim o derradeiro fado?
Nascer, crescer e morrer. Para quê? Será capricho dos deuses ou parte de uma obra maior? Não vejo graça em não saber. Sinto-me enganado, iludido, ludibriado. Um joguete nas mãos de... nas mãos de quem? Se há alguém responsável pela vida, que saiba: não há graça nenhuma em não saber o que será depois, o que foi antes e o porquê do agora. Se deve haver sofrimento, resignação, provas e expiações, não sei, mas pergunto a ti: não te compadeces dos vivos que sentem a morte de um ente próximo? Não tens pena de tirar a uma família um membro seu? Como ficam então as belas palavras de compaixão e misericórdia diante de ato tão mesquinho, diante de momento tão solitário?
Há os que na morte vêem beleza. Contudo, digo: graça? Não. Não há. Sua presença incomoda e sufoca.
terça-feira, 17 de junho de 2008
Bem leve
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Leite azedo
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2 comentários:
Antes a morte que a imortalidade, vá por mim...
Eu tenho cá comigo que a morte só é ruim pra quem fica, não para quem vai.
Isso é que é inferno astral, einh?...
Bjim procê.
morte é uma coisa tão próxima, mas vivemos como se ela não existisse...
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