Saíam amiúde a passear pelo campo tomando ar fresco e esquentando-se ao sol que antecede o ocaso. Como dois astros a bailar pela Via Láctea, ambos se orbitavam, se refletiam e não se eclipsavam.
Ele, sempre muito atento às suas palavras, mostrava-lhe calado as miudezas do céu e da terra. Cada gesto seu era permeado de palavras - um discurso sobre o que há e o que não-há que era somente compreendido pelos dois.
Davam-se as mãos, sentavam-se à beira do riachinho, molhavam os pés, coletavam pequenas pedrinhas do leito, jogavam as cinco marias. Olhavam-se. Riam-se. À volta, como naquelas histórias infantis, ele recolhia um ramalhete de flores e as soprava pelo caminho. E a felicidade, então, apenas seguia o perfume.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Cavalheiro do Ocaso
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fatia de broa
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4 comentários:
^^
Ah, como sempre... Ahhhhh!!!
Você é um fofo!
XOXO
Li:)
Pois que tudo no mundo é feito de miudezas!
Que coisa mais lindaa...
Encantada aqui! Dá vontade de não parar de ler!
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